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10/01/2010

A cóltura é uma arma

A semana passada a ministra da Cultura deu posse (gosto do verbo dar posse) a 13 novos dirigentes da Cóltura que segundo a ministra foram investidos duma missão «patriótica». À tomada de posse assistiu Joe Berardo talvez o maior beneficiário vivo do mecenato cultural desenvolvido pelo ministério.

Deve haver uma explicação para o facto da projecção da cultura portuguesa, em Portugal e sobretudo no mundo, desde que foi criado um órgão governamental para tratar da cóltura, primeiro como secretaria de estado no 1.º governo provisório em 1974 e, nomeadamente, com a elevação a ministério no XIII Governo Constitucional em 1995 sob a égide do excelso professor Manuel Maria Carrilho, dever menos a esse órgão governamental, que nos devorou em 35 anos milhares de milhões, do que deve à fundação Gulbenkian, que não nos custa um tostão, e do que deve a uma dúzia de produtores de cultura que nada dependem do ministério. A coisa é tão miserável que o ministério nem dos museus consegue tratar decentemente.

A Cóltura em todo o esplendor organigramático

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