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27/01/2012

ESTADO DE SÍTIO: Nada está tão mau que não possa piorar

A propósito deste post, também tenho as maiores dúvidas que os resultados positivos das reformas que a equipa de Nuno Crato está a levar a cabo resistam ao alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano e a permanência nas escolas até aos 18 anos. Por duas razões. Primeiro, porque tem o risco de deteriorar a qualidade do ensino e baixar o nível de exigência para evitar a subida da percentagem de chumbos. Segundo, porque a permanência nas escolas de alunos sem o menor interesse em prosseguir os estudos irá inevitavelmente degradar a disciplina e o ambiente escolares.

O resultado final arrisca-se a piorar o retrato da desistência escolar, por muito difícil que isso pareça face à situação actual como se pode ver no diagrama seguinte.


A Nation of Dropouts Shakes Europe, Charles Forelle,Wall Street Journal

O alargamento, aprovado em Julho de 2009 por uma coligação de votos do PS com o PCP e o BE, é como as boas intenções que enchem o inferno. Ou, talvez melhor, é como as intenções que, além de não serem boas, podem transformar num inferno o purgatório das escolas públicas. E as intenções não são boas por reflectirem a obsessão da esquerda com endoutrinação dos jovens à força de «pedagogias modernas» e à custa de «educações» cívicas e sexuais.

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