Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

10/04/2012

A defesa dos centros de decisão nacional (7) - a procissão já saiu do adro mas ainda há muitos penitentes com promessas por pagar

[Continuação de (1), (2), (3), (4), (5) e (6)]

Em resposta à OPA da Camargo Correia, Pedro Queiroz Pereira representando os maiores accionistas da Cimpor propõs à Caixa e ao BCP comprar as acções da Cimpor que estes dois bancos detêm por troca com acções de uma holding a criar em que participariam a família Queiroz Pereira e aqueles dois bancos, a qual deteria as participações na Semapa e na Cimpor. Em alternativa, as acções da Cimpor poderiam ser pagas em dinheiro a 5,75 €.

Para quem encheu a boca com a lengalenga dos centros de decisão nacional e/ou com o papel estratégico da Caixa na defesa da pátria contra os bárbaros é difícil justificar a recusa liminar da proposta da Semapa. Recusa liminar que só se pode compreender se a Caixa (e o BCP que o governo socrático atrelou à Caixa) prosseguir não os desígnios que lhe atribuem mas os ditames da falta de grana.

Compreendem-se esses desígnios reais, em contraponto à grandiloquência da vulgata socialista. Porém, sendo assim, para que serve uma Caixa pública se tem o papel que teria uma Caixa privada mas com os custos da ineficiência e irracionalidade e a dependência atrelada aos lóbis do regime?

Sem comentários: