Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

12/09/2014

DIÁRIO DE BORDO: Como o justicialismo degenera (outra vez) em oportunismo e falta de princípios (V)

[Continuação de (I), (II), (III) e (IV)]

Recapitulando: Marinho e Pinto foi eleito para o parlamento europeu pelo MPT - Partido da Terra no qual se filiou em Julho; no próprio dia das eleições disse que estava a pensar candidatar-se a S. Bento. Mais tarde, em Bruxelas, ofereceu-se ao grupo dos Verdes que o rejeitou, a seguir ofereceu-se ao grupo dos Liberais que o aceitou. Algum tempo depois revelou que vai candidatar-se «ao cargo de primeiro-ministro de Portugal», «sem prejuízo de, depois, poder candidatar-me às presidenciais» e não põe de lado ser a ministro da Saúde, e que pode ser pelo MPT ou por um novo partido.

Um novo partido é o que agora se propõe fundar abandonando assim a «barriga de aluguer» como lhe chamou John Rosas Baker do MPT. Para Marinho e Pinto que está habituado a lidar com divórcios e «sempre (lutou) para que as separações se façam com elevação» isso não será um problema e admite «com um pouco de jeito, até se fazem coligações».

Moral da estória: pior do que a falta de ética no sistema partidário só a nova ética que o justicialismo pretende impor no sistema partidário.

Sem comentários: