Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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16/06/2015

ACREDITE SE QUISER: «É só para dizer que não é dado» disse ele

Usando as palavras do Expresso aqui citadas, a Gateway «vai efectivamente pagar 354 milhões de euros, aplicando 338 milhões para reforçar o capital da TAP.» TAP que, recorde-se, era a única companhia de aviação da União Europeia totalmente pública (ver este quadro), tem tido prejuízos todos os anos, tem passivos superiores a 2 mil milhões de euros (60% dos quais a curto prazo), tem uma situação líquida negativa de 500 milhões de onde resulta ter perdido todo o capital social o que, se fosse uma sociedade anónima, obrigaria a administração (CSC artigo 35.º) a convocar uma assembleia geral que teria de deliberar uma das seguintes opções:
  • a) A dissolução da sociedade; 
  • b) A redução do capital social para montante não inferior ao capital próprio da sociedade – opção indisponível porque os capitais próprios são negativos; 
  • c) A realização pelos sócios de entradas para reforço da cobertura do capital - opção indisponível por via das restrições comunitárias que impedem os governos de injectar capital nos operadores.
De onde resultaria que a TAP teria de ser dissolvida.

Pois bem, face a esta situação Marcelo Rebelo de Sousa, um professor de direito cujas performances televisivas espantaram o dificilmente espantável El País, formulou durante a sua prestação semanal de entretenimento na TVI a seguinte fábula: «O preço podia ser dez milhões, como podia ser, no fundo, um euro. É só para dizer que não é dado

Diz-se que este entertainer pode vir a ser presidente da República e transformar o palácio de Belém num centro de entretenimento e intriga.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um fedelho que não se vai despedir do Pai à Portela para não ser conotado com fassistas é, e será sempre, um pulha.