Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/11/2015

ARTIGO DEFUNTO: A renacionalização da TAP vista por um «jornal de referência»

Título de chamada na 1.ª página do caderno principal do Expresso:

«EXCLUSIVO: DOCUMENTOS REVELAM
Bancos têm poder para mandar nacionalizar a TAP»


Interroguei-me: teríamos voltado ao PREC com os bancos a substituírem o MFA?

Título na 1.ª página do caderno Economia:

«Estado garante dívida e risco da TAP»


Título no artigo na página 8

«Risco da dívida da TAP fica no Estado»


Excerto do texto do artigo:
«As negociações de última hora deram aos bancos a segurança de que, se for necessário, o Estado repõe a garantia pública à dívida bancária. Em causa estão quase € 770 milhões, que incluem uma dívida bancária de € 646,7 milhões e € 120 milhões adicionais pedidos pelo consórcio comprador para financiamento corrente.»
Repare-se como se começa na 1.ª página com os bancos a poderem mandar renacionalizar a TAP e se acaba por admitir se tratar de uma garantia vulgar de Lineu que quem vende uma empresa tecnicamente falida com capitais próprios negativos de mais de 500 milhões e passivos de mais de mil milhões dificilmente poderia deixar de prestar ao comprador a não ser que recapitalizasse previamente a empresa.

Sem comentários: