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09/08/2016

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (LVII) – A Grécia ainda existe?

Outros purgatórios a caminho dos infernos.

Para quem só segue os mídia portugueses, parece que desde Setembro do ano passado, quando se realizaram as segundas eleições e o governo Syriza-Anel aceitou medidas mais duras do que as recusadas anteriormente, a Grécia foi gradualmente obliterada das notícias, com excepção do período em que Costa para afagar o ego berloquista (equivocou-se porque já nessa altura o BE tinha descolado do Syriza) foi a Atenas prestar tributo a Tsipras. Não admira, se nos lembrarmos que os mídia portugueses estão infestados de jornalistas de causas que nos tentaram vender durante nove meses o approach grego à crise, para fugirem dele como o diabo da cruz, quando se tornou impossível esconder os resultados.

Recordemos, pois, o que se vai passando na Grécia pelas palavras de Alexis Papachelas, editor do ekathinerini, num artigo significativamente titulado «Doubly deceived»:

«Politically speaking, many people were deceived, both by the current administration as well as a group of center-right politicians. While the former promised the world, the latter went against their own government, reassuring everyone that an administration led by Alexis Tsipras would be a painless and positive experience. Now the victims of the crisis, people who belonged to the former middle class, are not sure with whom they should be more angry. Their finances have been exhausted, while at the same time they are experiencing the speedy decline of a country becoming accustomed to lower standards across all vital sectors. They never thought that Greece would reach such a state of decay.»

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