Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

02/12/2004

TRIVIALIDADES: As sete vidas do doutor Lopes.

Alguns detractores habituais já apontaram o dedo sujo ao Impertinências, insinuando, a propósito da profunda análise política que pacientemente explanei aqui, que me estava a fazer a um lugar no governo do doutor Lopes, agora que ele vai ter que segurar os ministros que lhe restam com guitas.

Não confirmo, nem desminto, mas devo fazer um declaração de princípio. O doutor Lopes é o paradigma do político mal-amado. O homem faz tudo para gostarem dele, mas há uma longa lista de ingratos que o detestam: os jornalistas, os barões do PSD, o presidente da República e até a oposição, que deveria ser a sua primeira admiradora. O amor, tal como o ódio, é mau conselheiro, nestas coisas da política, como na vida real. Por isso, os que detestam o doutor Lopes já lhe passaram a certidão de óbito. Mais devagar. Desde quando um político incompetente não tem futuro em Portugal?

Esperai sentados pela passamento político do doutor Lopes. Ele é como o gato, tem sete vidas e ainda lhe restam duas - gastou uma a confundir o piano com o violino, outra no vai-e-vem Lapa-Figueira da Foz, outra na câmara de Lisboa, outra neste governo provisório e ainda outra na noite alfacinha. Que irá ele fazer com as duas vidas que lhe restam?

Sem comentários: