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18/08/2006

DIÁRIO DE BORDO: com alguns amigos que Israel tem, talvez não precise de tantos inimigos (2)

Sendo cada vez mais obviamente errada a resposta de Israel ao terrorismo do Hezbolah, interrogava-me sobre o que fazer, confessando-me sem nenhuma receita.

Não tenho eu, mas talvez tenha o mercado. Graças ao Google, lá consegui encontrar o rasto do estudo dos Zussman (Asaf da Universidade de Cornell e Noam do Banco de Israel) Assassinations: Evaluating the Effectiveness of a Counterterrorism Policy Using Stock Market Data, aqui citado. Eis o resumo (para abrir o apetite que pode ser saciado aqui):
«Assassinating members of Palestinian terrorist organizations was a major element in Israel’s counterterrorism effort during the Palestinian uprising which started in 2000. We evaluate the effectiveness of this policy indirectly by examining Israeli stock market reactions to assassinations. Our approach relies on the assumption that the market should react positively to news of effective counterterrorism measures but negatively to news of counterproductive ones. The main result of the analysis is that the market reacts strongly to assassinations of senior members in Palestinian terrorist organizations: it declines following attempts to assassinate political leaders but rises following attempts to assassinate military ones.»
Face às conclusões destes Duponts, eu direi mesmo mais: se a coisa funcionou com o terrorismo palestino, há boas razões para admitir que também pode funcionar com o terrorismo do partido de deus a soldo do Irão. Pode-se começar já com o xeque Nasrallah, cuja cobertura deve estar meio descurada, enquanto comemora o êxito dos seus roquetes com a preciosa e inesperada ajuda dos europeus.

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