Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

28/01/2007

ESTÓRIA E MORAL: trampolina e trapalhada

Estória

Tem anos que o governo em exercício prepara dois orçamentos e duas contas: na óptica da contabilidade pública, para aprovação na Assembleia da República e apreciação pelo Tribunal de Contas, e na óptica da contabilidade nacional para reportar ao Eurostat e à Comissão Europeia.

Esta prática não é inocente porque permite as maiores trampolinas em matéria de desorçamentação, algumas delas aqui acertadamente apontadas pelo doutor Frasquilho, que, já agora, convém lembrar, se fizeram também no governo a que pertenceu como secretário de estado do Tesouro.

Mas o que se pretendo relevar não é a trampolina em que os sucessivos governos se têm mostrado exímios. O que se pretende relevar hic et nunc é a involuntária trapalhada em que este governo (e os anteriores) se enreda à força da trampolina.

Moral

A man with one clock knows what time it is. A man with two clocks is never sure.

Sem comentários: