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03/02/2007

ARTIGO DEFUNTO: o culto oculto de personalidade

aqui me expliquei sobre as prováveis consequências do doutor Paulo Macedo continuar à frente do destacamento de extorsão. As suas comprovadas competências como Xerife de Nottingham contribuem para alimentar o monstro e dar novos alentos ao pendor despesista do governo.

É por isso que com fundada preocupação se assiste nos mídia à campanha pró-Macedo, que ofusca a presença saturante do secretário de estado da Administração Pública e arrisca destronar o primeiro ministro no campeonato da visibilidade mediática.

Folheio o Semanário Económico de ontem, um jornal que costumava ser relativamente moderado nos seus arroubos laudatórios, e leio os seguintes títulos:

Paulo Macedo melhor, mas... (pág. 2)
Paulo Macedo vence antecessores (toda a pág. 40 e parte da 41, com foto em pose de passagem de revista às tropas)
Vitória aparente de Paulo Macedo nos impostos directos (pág. 41)
Paulo Macedo melhor mas com taxas mais altas (pág. 41)
Fisco marcou em 2006 388 mil penhoras (toda a pág. 44 com foto em pose de mago do fisco)
Reforma da Administração Pública: pequenos detalhes (metade da pág. 51 num artigo de opinião duma luminária, onde é citado com direito a foto em pose de estadista)
O "maestro" dos Impostos (pág. 54, onde se revela um exercício de team building com cenas do Gladiador e música executada pelos amanuenses e dirigida pelo maestro)
Paulo Macedo vence antecessores (uma chamada na última página ao artigo das pág. 40 e 41)

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