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04/02/2007

SERVIÇO PÚBLICO: as pirâmides do estado napoleónico-estalinista (9)

Vamos dar de barato que, em contrário do que noticia o Sol, o Tribunal de Contas não acusou o governo de travar «a modernização da linha ferroviária do Norte, que liga Lisboa ao Porto, para garantir que o TGV venha a ter clientes».

Já é suficientemente preocupante que o TC nos recorde que a modernização da linha do Norte, que visava reduzir a duração da viagem para 2h15m (o que tornaria, de facto, inútil o TGV), foi orçamentada em 75,8 milhões de euros e, 16 anos depois, as obras não terminaram mas já se gastou 20 vezes o valor orçamentado. Imagine-se este rácio aplicado aos custos do TGV.

Se o estado napoleónico-estalinista em vez de sujeitos passivos tivesse accionistas, os governos do professor Cavaco, do engenheiro Guterres, do doutor Barroso, do doutor Lopes e do engenheiro Sócrates teriam sido accionados por gestão danosa.

Sequência dos capítulos anteriores: (5), (6), (7), (8), sendo o capítulo (5) a continuação de outra série (ver links no respectivo post)

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