Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

08/01/2008

ESTADO DE SÍTIO: Quem trabalha nas estradas precisa de automóvel. Ou não?

Se há algo de estranho nas Estradas de Portugal é a frota de automóveis ter apenas 800 veículos para 1.800 funcionários. Como é estranho o Público espantar-se que haja facturas anuais de gasolina superiores a 10 mil euros.

Não será óbvio que quem trabalha nas estradas precisa de meio de transporte? Não podemos queixar-nos que a Administração pública tem muitos burocratas ao mesmo tempo que nos queixamos que nas Estradas de Portugal quase metade do pessoal ande na estrada.

Não será igualmente óbvio que um trabalhador diligente das Estradas Portugal que trabalhe 8 horas por dia cumprirá facilmente 600 km por dia a uma média de 75 km, respeitando escrupulosamente os limites de velocidade? Ou seja fará 12.000 km por mês ou mais de 130.000 km por ano, consumindo mais de 10.000 l de gasolina que custarão mais de 13 mil euros. Qual é o espanto?

q.e.d.

Sem comentários: