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12/04/2008

ESTADO DE SÍTIO: o supérfluo inócuo e o supérfluo nocivo

Uma boa parte dos 14 ministérios do governo do engenheiro Sócrates é supérflua e inócua ou supérflua e nociva, em potência e/ou em acto.

Exemplo do supérfluo inócuo é o ministério da Defesa, onde o respectivo ministro, com a ajuda duma dezenas de assessores de imagem ou aparentados, se esforça por disfarçar a sua não existência viajando incessantemente e fazendo declarações. Ontem esteve em França, comemorando os 90 anos da batalha de La Lys. Recorde-se que lá morreram num só dia mais de 7.000 campónios arrastados para a voragem pelo governo jacobino do doutor Afonso Costa, ou seja mais de um terço das mortes durante os 24 anos da guerra colonial. Em Lille, o ministro sublinhou as lições de La Lys que devem ser aplicadas nos dias de hoje. Não podia ter escolhido melhor audiência do que os franceses, de quem se diz que os seus generais depois de Napoleão e da última batalha que venceram em Borodino, estiveram sempre atrasados uma guerra. Se escutarem o pensamento do ministro passarão a andar atrasados uma meia dúzia: a II, a Coreia, Vietname, Afganistão, Iraque I e Iraque II.

Exemplo do supérfluo nocivo, é o ministério da Educação, cuja ministra acaba de deixar cair uma reforma incontornável chegando a acordo com os sindicatos ao fim de 7 longas horas de reunião. O ministério fingirá que vai avaliar os professores e, em troca, os professores fingirão que são avaliados e deixarão de pedir a cabeça da ministra. O engenheiro Sócrates fingirá que é um animal selvagem que nunca cede e que apoiou o ministra até ao fim.

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