Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

12/05/2008

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: será o doutor Passos Coelho um liberal clandestino?

Secção Assaults of thoughts

«Os portugueses que querem uma sociedade mais estatizada, mais controlada, com uma democracia musculada podem escolher o PS. Os portugueses que querem uma sociedade mais livre, onde os cidadãos estejam no centro das atenções, onde o Estado se coloque numa posição de parceria com a sociedade, podem votar no PSD». Foi o que disse hoje o doutor Passos Coelho. Supondo que ele que quer significar o que as palavras que disse podem significar, como pôde ter sido presidente do cóio de carreiristas medíocres que é a JSD (e as outras juventudes, já agora)? Como pôde fazer um percurso e conviver sem sobressaltos com o caldo popularucho e sócio-democrata que tem sido o PSD nos últimos 20 anos (boa vontade minha)?

Não espero que o doutor Passos Coelho seja um liberal, espécie mal caracterizada e mais rara na paisagem nacional do que o lince da serra da Malcata. Espero que ao menos não sinta aquele desvelo colectivista pelo estado assistencial, omnipresente e omnipotente, desvelo endémico no PSD e, já agora, nessa criatura informe que é o CDS, e, claro, inscrito no código genético do PS.

Dois ou três talvez afonsos, se o doutor Passos Coelhos quis dizer o que tem dito, e três ou quatro talvez chateaubriands, se disse o que tem dito só para ser singular.

Qual será mais real?


Sem comentários: