Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

05/07/2008

DEIXAR DE DAR GRAXA PARA MUDAR DE VIDA: As notícias da continuação do pântano estão longe de ser exageradas

Depois de 3 anos de governo maioritário (um dos 3 únicos dos últimos 34 anos) o que resta dos tímidos ímpetos reformistas do engenheiro Sócrates? Praticamente nada. As reformas do SNS e do ensino hibernaram à espera duma nova oportunidade que poderá não chegar. A reforma da administração pública ficou reduzida a trabalhar para o ranking.

As reformas que não foram feitas durante a vigência do discurso dos amanhãs que cantam, ainda menos vão ser feitas a um ano das eleições, com o reconhecimento das «dificuldades sérias» e as «preocupações sociais», por um lado, e o anúncio repetido vezes sem conta das grandes obras, por outro.

Se, como parece provável, o melhor resultado do PSD for fazer o PS perder a maioria, os portugueses têm como praticamente certo mais uma década no pântano. Não que as coisas pudessem ser muito diferentes com um governo PSD liderado pela doutora Ferreira Leite. O que se poderia esperar duma equipa comprometida até à medula com a medicina que foi administrada pelos governos anteriores do PSD? Mais do mesmo. Até mesmo os gurus que, como todos os gurus, imaginam que a falta de ideias novas, ou simplesmente ideias, do líder é um terreno fértil para cultivar as suas receitas, acabarão por desertar o mais tardar quando perceberem que a aposta do doutor Cavaco para a reeleição não passa por aí.

Sem comentários: