Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

01/03/2009

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Com poucas papas na língua

Secção Assaults of thoughts

Não é todos os dias que um presidente executivo dum banco diz o que disse Fernando Ulrich na conferência «A Crise Económica e Financeira: Que Saídas» promovida pela Ordem dos Economistas na passada 6.ª feira.

Pôs em dúvida a bondade do investimento público como panaceia para a crise, pôs o dedo na gangrena do endividamento externo, na insegurança crescente, no caos do licenciamento urbanístico e, last not least, confessou que «já agora gostava de saber o que se passou naquele processo de decisão» (do Freeport). É claro que temperou o vitríolo com alguma vaselina para amaciar os danos no ego do senhor primeiro-ministro. Não se gosta, mas percebe-se que um gestor não pode ser lunático, tem que tocar o negócio para frente num país de economia de mercado com direcção central (seja lá o que isto for, não é coisa boa).

Leva 4 afonsos e só não leva 5 porque na frase «um bom primeiro-ministro» disse a mais «um bom». Não carecia.

Sem comentários: