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25/09/2009

Take Another Plane - «Quem precisa de pilotos da TAP?»

É uma boa pergunta da Ryanair que não lhe convém responder, porque a resposta seria: a Ryanair em particular e os operadores low cost em geral.

Se a TAP fosse uma empresa privada tecnicamente falida, como de facto está a empresa pública, teriam os seus pilotos feito a greve em curso de que se orgulham ter afectado só ontem 172 voos? Greve, recorde-se. para reivindicar a «reposição do poder aquisitivo perdido pelos pilotos ao longo de 10 anos de concessões» por quem tem salários mais de 10 vezes superiores à média do país. Tudo isto num mercado de trabalho internacional onde existe um excesso de pilotos, o que não tem nenhumas consequências devido às barreiras artificialmente criadas pela circunstância de se tratar duma corporação profissional numa empresa pública.

Queixam-se os pilotos que «estão 25% abaixo dos seus homólogos europeus». Não sei quem o sindicato considera homólogo, mas suspeito que serão os pilotos alemães, franceses ou ingleses. Não sei se o sindicato considerou para calcular essas equivalências as paridades do poder de compra, mas suspeito que não e tenho a certeza que se esqueceram que em muitas profissões qualificadas os respectivos profissionais portugueses recebem salários nominais entre 50% a 75% «abaixo dos seus homólogos europeus».

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