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17/12/2009

CASE STUDY: a alternativa keynesiana ortodoxa ao elefante branco é a vala comum

Por falar em TGV, José Sócrates anda por aí a prometer que o elefante criará «milhares de postos de trabalho» (ver o diário oficial). Compremos a banha da cobra ao preço que ele a vende – que sejam milhares, mas quanto tempo durarão esses postos de trabalho? Uns anos, a menos que o governo queira cobrir o país com uma malha apertada de TGV semeando apeadeiros em todas as aldeias. E a que custo? Segundo as contas de Avelino de Jesus 1,5% do PIB per annum. Ou seja, para dar emprego por uns anos a uns milhares gastar-se-ia o equivalente aos salários de 150.000 trabalhadores per omnia saecula saeculorum.

Sai mais barato pagar aos milhares que saíram da boca do primeiro-ministro, durante os anos que duraria a construção do TGV, para abrir e fecharam valas comuns, numa demonstração do mais puro e ortodoxo keynesianismo.

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