Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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30/07/2010

ESTADO DE SÍTIO: a justiça não é cega mas é coxa (3)

[Sequela daqui e daqui]

23-01-2009
O PGR confirma ter pedido à responsável do DCIAP, Cândida Almeida, que tomasse medidas para resolver o processo “o mais depressa possível”

19-02-2009
Cândida Almeida confirma existirem arguidos no caso Freeport

16-04-2009
Caso Freeport: Cândida Almeida espera que processo esteja resolvido antes do fim do ano

07-09-2009
Freeport: eventual suspensão será conhecida dentro de dias, diz Pinto Monteiro

16-12-2009
Investigação ao caso Freeport está “na parte final”

15-01-2010
Acusações do Freeport até ao Verão

25-01-2010
Cândida Almeida continua à frente do DCIAP e promete conclusão do Freeport para Março

25-02-2010
Freeport: Cândida Almeida aponta abril como "teto temporal"

08-04-2010
Freeport: Cândida Almeida promete resolução rápida

26-07-2010
«O processo Freeport está dado como concluído e amanhã será divulgada uma nota»

29-07-2010 «Os procuradores - que receberam o relatório final da Polícia Judiciária no dia 21 de Junho - explicam que o vice-procurador-geral da República proferiu um despacho, no dia 4 do mês passado, em que fixou o dia 25 de Julho como o do fim do prazo para o encerramento do inquérito. "Tendo em atenção este facto", e o disposto na lei do Conselho de Estado quanto à obrigatoriedade de obter autorização daquele órgão para ouvir o primeiro-ministro, os titulares do inquérito concluem que "mostra-se, por ora, inviabilizada" a inquirição de José Sócrates e a realização das restantes diligências referidas, deduzindo-se assim o despacho final.»

E assim termina com umas vagas acusações de tentativa de extorsão para pagamento de luvas, meia dúzia de anos depois, um processo recheado de factos que o ligam a José Sócrates, família, amigos e correligionários, conduzido por uma procuradora que, por acaso, é uma conhecida figura notoriamente ligada ao PS. Pelo caminho perde-se o rasto a milhões de euro. Compreende-se que quem esteja em estado de necessidade, sob ameaça de perder uma tença, ou quem esteja privado de um lampejo de inteligência ou de um módico de independência de espírito possa acreditar nestas tretas. Mas quem mais?

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