NÓS VISTOS POR ELES: O mar, os portugueses e a hiperventilação

«Mas todos os países tem aproveitado as oportunidades que o mar oferece devido ao vasto conhecimento que acumulámos na Europa, excepto Portugal, que não existe. Bem talvez esteja a exagerar, mas a verdade é que Portugal não é visível nos assuntos do mar na cena internacional.
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Lembro de um professor universitário [Ernâni Lopes] que falava nessa conferência de 2005 no hipercluster do mar [mais à frente Niko Wijnolst, refere-se ao hipercluster do mar como hiperventilação], mas era um exercício intelectual, e é isso que se tem feito muito mais em Portugal do que aproveitar concretamente as oportunidades.
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Em geral, a nível internacional encontro muito poucos portugueses ligados aos negócios ou aos assuntos do mar, embora esteja ligado a várias redes nesta área.
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Nestes processos é necessário o empenhamento do sector privado, que diz o que é, o que quer, o que necessita e que passa à acção e tenta mudar as coisas. E não sinto que esse espírito exista em Portugal.»

[Niko Wijnolst, presidente da Rede Europeia de Clusters Marítimos e da Dutch Maritime Network em entrevista no Expresso]