Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

15/03/2011

Mitos (37) – escrever torto por linhas tortas

Uma das meninas dos olhos deste governo, a par das causas fracturantes que tanto têm excitado a esquerdalhada, tem sido a torrefacção de milhares de milhões de euros nas energias renováveis. A questão, esclareça-se, não está na opção pelas energias renováveis. A questão está numa política energética completamente errada baseada nos subsídios. Errada por distorcer os critérios de decisão e levar inevitavelmente a privilegiar opções erradas, ou combinação erradas de opções certas, e, no final, desincentivar o progresso tecnológico – para quê investir na optimização dos colectores solares se o governo força os contribuintes a pagar a energia com uma tarifa múltipla das tarifas de outras fontes energéticas?

É claro que uma política errada tem ainda consequências mais nefastas se for executada com instrumentos errados. É o que vem agora concluir o relatório do grupo de trabalho europeu REPAP2020 que põe em causa o plano de licenciamento das energias renováveis.

Sem comentários: