Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

20/04/2011

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: O que tem que ser tem muita força

Estamos sempre a falar disso e estamos (quase) sempre em boa companhia:

George Soros (a quase boa companhia) já tinha dito: «It’s patently unjust that the Irish people should absorb all the losses made by the banks and that the bondholders should be totally free, and that I think will have to be modified… Greece in due course, maybe sooner rather than later, will also have to be restructured. Portugal also probably needs it, and that’s about it

Rodrigo Olivares-Caminal da Universidade de Londres: «Portugal estaria claramente melhor com uma reestruturação antes do resgate do FMI e UE.»

David Hannan deputado conservador do PE: «You don’t help an indebted friend by pressing more loans on him. There is an argument for helping Portugal by restructuring its existing debt; there is no argument whatever for increasing its liabilities.»

Avelino de Jesus, economista e professor do ISEG: «A ponderação da nossa situação leva-nos a sublinhar três exigências que a experiência alemã mostra serem incontornáveis:
1. A negociação da redução da dívida, o alongamento para um período adequado dos pagamentos e a redução dos juros para níveis moderados (próximos de 3,5%);
2. A entrada em acção de agentes políticos regeneradores, livres das responsabilidades pelas loucuras que provocaram o endividamento excessivo, com elevada capacidade negocial face aos credores;
3. A formulação e execução de uma política equivalente à desestatização/des nazificação da Alemanha que represente uma efectiva ruptura face ao persistente modelo estatizante que nos conduziu até aqui

Nuno Monteiro, professor de ciência política em Yale, e Eduardo Sousa, analista senior do Santander Totta: «A debt default would dispel the spectre of Weimar, with stagnant – or worse, contracting – economies leading to rising populist tendencies that could undermine democracy in member states and thus imperil European peace. A co-ordinated debt default would not endanger the stability of the euro and the EU. In fact, it might be the best way to preserve it.»

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