Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

04/04/2011

Em 2005 Medina Carreira era quase tão optimista quanto José Sócrates em 2009

Em 2005, Medina Carreira previa:
«Como não vamos ter [um crescimento acentuado da] economia tão cedo, corremos o risco, se não tratarmos do Estado, de acabar por estoirar com o Estado porque, com a economia a crescer 1,3 por cento [do Produto Interno Bruto] anualmente, nós vamos falir antes de 2015». (*)
Falimos 5 anos antes do previsto pelo mais notório pessimista ou, vá lá, 4 anos se considerarmos a versão oficial.

Em 2009, no vídeo de propaganda do PS (aos 25 s), José Sócrates pela boca do locutor garantia:
«Este foi o rumo adoptado pelo governo do PS para enfrentar a maior crise económica mundial dos últimos 100 anos. Esta foi a estratégia que possibilitou que Portugal fosse um dos primeiros países europeus a sair da recessão».
A saída de Portugal da crise foi um flop ainda maior do que a inexistente crise mundial de José Sócrates com a China, a Índia e o Brasil a cresceram a dois dígitos ou quase, a África a 4 ou 5%, os Estados Unidos a 3%, a maior parte da Europa ao redor dos 2% e a economia mundial a crescer entre 3 e 4%.

(*) Muito bem lembrado no post «Delírios de um optimista» do Blasfémias, com um título que é um rótulo só possível de aplicar a Medina Carreira pelas acções resultantes do génio de José Sócrates.

Sem comentários: