Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

09/08/2011

SERVIÇO PÚBLICO: Está escrito nas estrelas

Pelo menos nos rankings das encrencas económico-financeiras estamos geralmente bem colocados. Como mostra o quadro ao lado da Economist, a sustentabilidade da dívida está muito comprometida pelo facto do crescimento anémico não permitir suportar o seu custo. Um outro aspecto não evidenciado pelo quadro, resulta do peso record da dívida total pública e privada bruta ao exterior – quase 2,5 vezes o PIB, do qual resulta um aumento dos custos da dívida de 2,5% por cada ponto percentual de aumento da taxa média de juro.

É por isso que o desenlace inexorável, goste-se dele ou não, é a reestruturação da dívida: uma combinação de reescalonamento e redução dos juros e, muito provavelmente, um haircut. É por isso que os yields para as OT de 2 e 5 anos se situam nos últimos dias nos 12-13% pressupondo um haircut pesado.

Como aqui já clarifiquei, não preconizo a reestruturação da dívida, simplesmente prevejo a sua inevitabilidade.

Sem comentários: