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08/02/2012

SERVIÇO PÚBLICO: O futuro da austeridade

Num artigo lúcido, cuja leitura se recomenda, o professor Avelino de Jesus defende que o sector privado da economia está a responder bem às medidas de política económica que a troika está a obrigar o governo a tomar, apesar das choraminguices e do apelo à revolta das luminárias do regime. O que não responde bem às medidas é o sector público em geral e a parte do sector privado mais interdependente dos poderes públicos – o complexo político-empresarial socialista com a banca do regime à cabeça.

Essa resposta do sector privado permitirá que a balança comercial possa ser ligeiramente superavitária em 2013, estacando a sangria das últimas décadas, e o consumo privado estabilize depois do regabofe desde a adesão ao euro. O investimento diminuirá o que não terá efeitos na capacidade produtiva se forem privilegiados os investimentos produtivos.

Segundo Avelino de Jesus, a ameaça à recuperação poderá vir precisamente do dinheiro fácil com o derrame de fundos do quadro comunitário que se tiverem o destino do costume de rentabilidades fictícias e externalidades fantasma poderão deixar-nos ao mesmo ponto de onde estamos a tentar sair.

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