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22/11/2012

O pior dos melhores é o melhor dos piores (ou vice-versa)

Deve haver uma explicação para a discrepância entre os juízos do jornalismo de causas doméstico e dos comentadores do regime sobre o ministro das Finanças Gaspar e os juízos que nas instâncias políticas e jornalísticas europeias se fazem sobre um Gaspar que parece outro. Vou limitar-me aos factos.

No mesmo dia em que o ministro alemão das Finanças Schäuble, que não precisaria nada de engraxar Gaspar, releva o seu desempenho, o Financial Times coloca-o no 10.º lugar entre os 19 ministros da Zona Euro, depois de o ter classificado em 12.º no ano passado.

Dirão os jornalistas de causas e os comentadores do regime, quanto ao 10.º lugar, e daí? Pois se o homem tem 9 à frente dele. Pois tem, direi eu, e tem 9 atrás dele: o holandês, o dinamarquês, a austríaca, o britânico, o francês, o grego, o húngaro e o espanhol, por esta ordem.

Pode Gaspar não ser uma estrela no firmamento financeiro, mas, que diabo, e o que dizer de Teixeira dos Santos, durante 6 anos levado num andor pelo jornalismo de causas e os comentadores do regime, a quem o FT colocou em último lugar em 2008, em 15.º em 2009 e em 16.º em 2010?

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