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08/03/2013

A mesma corporação

A mesma corporação que se envolveu com tudo aquilo que aqui recordei, em especial o golpe de 28 de Maio de 1926 que colocou no poder uma ditadura retrógrada, o golpe de 25 de Abril de 1974 como consequência acidental de um protesto reivindicativo contra a promoção a capitão dos oficiais milicianos que davam o couro numa 2.ª comissão, que assistiu num ruidoso silêncio ao longo caminho para a insolvência, enquanto se batia pelas «promoções por arrastamento», essa mesma corporação continua a agitar-se e a dar voz a tentações golpistas.

Como a voz do general Vasco Lourenço que garante que "se sentisse que havia condições [para fazer um novo 25 de Abril] já estava a preparar outro», ou como a da Associação Nacional de Sargentos, cujo porta-voz garante que «todos os cenários estão em cima da mesa, da elaboração de uma simples exposição à presença na rua».

  Podemos não poder dormir descansados por não estarmos certos se essa corporação está pronta a combater uma ameaça ao país, mas podemos ter a certeza de que está pronta «a todos os cenários» para fazer valer os seus direitos adquiridos como corporação.

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