Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

28/06/2013

ARTIGO DEFUNTO: «Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...»

Que título deveria dar a um post onde discorro sobre as minhas dúvidas para explicar os porquês dos mesmos mídia que esgravatam o menor despautério de um membro do actual governo, terem ignorado a barbaridade da ideia apresentada por António José Seguro no Fórum dos Progressistas Europeus em Paris há duas semanas? Recordando: o líder socialista propôs «como objetivo para o ano 2020 que nenhum país (pudesse) ter uma taxa de desemprego superior à média europeia», sem perceber que, decorrente do que é uma média, isso significaria ficarem todos os países vinculados a ter exactamente a mesma taxa de desemprego.

Se Relvas (o ex-ministro que me ocorre a propósito destas coisas) tivesse dito tal bêtise noutro fórum qualquer, provavelmente leríamos e ouviríamos piadas de jornalistas sobre os créditos da Lusófona e indignações de comentadores e tudólogos sobre a ignorância da criatura em relação a matérias geralmente tratadas por voltas do 2.º ciclo do ensino básico. Se este prognóstico fosse realista, então seria perfeitamente adequado o título deste post roubado ao blogue «Com jornalismo assim, quem precisa de censura?...».

Contudo, devo reconhecer que o silêncio dos mídia sobre a bêtise pode bem resultar da coisa ter ficado acima do radar do jornalismo de causas por via da sua proverbial ignorância poder estar à altura da ignorância do líder socialista. E, se fosse assim, a minha teoria da conspiração perderia sustentação e deveria ser justamente substituída pela teoria tratada na série «A maldição da tabuada» e o título mais mais adequado a este post seria roubado ao Pertinente.

Sem comentários: