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27/07/2013

CASE STUDY: Jornalismo que dispensa a censura

O Público foi há dias absolvido na acção movida por José Sócrates relativamente aos artigos publicados em 2009 sobre a compra do apartamento da Heron Castilho. O Tribunal deu como provados todos os factos referidos nos artigos e o «inequívoco e indesmentível interesse público» da sua divulgação.

Este caso foi apenas um entre vários outros (por exemplo: Cova da Beira, o curso na UI acabado ao domingo, Freeport, PT-TVI, Face Oculta, Taguspark-Luís Figo) envolvendo José Sócrates que foram morrendo nos mídia pelas pressões do próprio e da sua guarda pretoriana, pela falta de entusiasmo do jornalismo de causas e, nalguns casos, pela colaboração prestimosa do poder judicial.

Compare-se esta benevolência dos mídia face às gravíssimas trapalhadas de José Sócrates com a sanha persecutória com que trataram a inócua trapalhada académica de Miguel Relvas e com que estão e estarão nos próximos tempos a esgravatar o tiro no pé de Maria Luís Albuquerque no caso dos contratos swap. É por estas e por outras que, parafraseando um blogue que recomendamos, nos perguntamos com jornalismo assim, quem precisa de censura?

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