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17/10/2013

Dúvidas (30) – Já estamos em condições de julgar o Dr. Mário Soares ou precisamos de esperar por outra justiça?

Continuação desta dúvida.

Quando li ter o Dr. Soares perguntado «porque é que o Presidente da República não é julgado?» por um breve momento pensei que estava a questionar-se acerca de si próprio sobre o caso Emaudio, o caso dos diamantes na Jamba, o caso de ter levado os presentes mais valiosos da presidência da República para o Museu João Soares, o caso dos subsídios públicos à Fundação Mário Soares, o caso do arrendamento pago pelo Estado de um gabinete na sua Fundação, ou caso dos subsídios recebidos da câmara de Leiria e muitos outros relatados pelo seu antigo ajudante para os assuntos internacionais Rui Mateus no «Contos proibidos - memórias de um PS desconhecido».

Pura ilusão. O Dr. Soares estava a referir-se a Cavaco Silva e aos 350 mil euros que ganhou providencialmente com a compra a 1 euro e venda a 2,4 euros de acções da SLN (e não do BPN como imagina o Dr. Soares) um ano depois, a um sujeito acima de qualquer suspeita chamado Oliveira Costa.

Aditamento:
Por falar das trapalhadas da Fundação do Dr. Soares, esta vai continuar a ser financiada, pelo quarto ano consecutivo, com 105 mil euros previstos no OE 2014 para «recolher e tratar os documentos de entidades públicas e privadas dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa». No século do documento digital, parece ser uma especialidade das luminárias socialistas o arquivo de papelada. Recorde-se o caso de João Pedroso, advogado e dirigente do PS, irmão de Paulo Pedroso, ex-ministro do Trabalho de Guterres a quem foi pago pela ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, 300 mil euros para produzir umas dezenas de pastas com fotocópias. Um e outra e mais uns apparatchiks arriscariam 8 anos de prisão se funcionasse a justiça portuguesa que o Dr. Soares lamenta não estar a tratar do caso do professor Cavaco Silva.

1 comentário:

Anónimo disse...

Num jantar de amigos ouvi esta:
Vamos fazer uma estátua ao Dr Mario e metêmo-lo la dentro.