Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/02/2014

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: Este filme da «Cóltura» está sempre a passar nos cinemas onde não há espectadores

A propósito dos Mirós e do cinema Londres arrendado para loja de produtos chineses, uma espécie de sequela das gravuras de Foz Coa e do cinema São Jorge de há uns anos, Helena Matos escreveu um artigo imperdível no Económico do qual destaco o seguinte parágrafo:

«No mundo dos activistas da cultura, salvar significa criar legislação que mumifica o que se pretende preservar. Simultaneamente criar-se uma equipa multidisciplinar com vista a gerir o bem protegido. Depois vêm os estatutos do parque, museu, empresa pública... com vista a tratar da coisa protegida. Também se tem de nomear um presidente e respectiva equipa e manda-se fazer papel timbrado. Por fim descobre-se que não há público e reivindica-se mais dinheiro para atrair e formar novos públicos. E assim com a coisa já institucionalizada, ou seja reduzida a uma vida orçamental que é a verdadeira vida cultural da maior parte dos espaços ditos culturais deste país, lá partem os frenéticos activistas para mais uma cruzada pela cultura».

Portanto, como diria a secretária de Estado adjunta americana, Victoria Nuland, se em vez da UE falasse de Cóltura, fuck the activists of the Cóltura.

Sem comentários: