Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

20/06/2014

ACREDITE SE QUISER: O trilema de António Costa (Epílogo)

Fui questionado sobre o cenário que considerei no post anterior, classificado por algumas pessoas que o leram como fantasista. Têm toda a razão. Só quis o melhor para o putativo primeiro-ministro António Costa. Não é um best case, é um cenário idílico quase à altura das projecções produzidas na Mouse Square School of Economics pelo departamento keynesiano. E, ainda assim, sabe Deus o que esperaria o ungido.

[Na verdade não foi por amor ao Dr. Costa, nem por já estar contaminado pelo pensamento mágico, que figurei aquele cenário. Foi um exercício de reductio ab absurdo.]

Para considerar um cenário mais realista, veja-se o diagrama seguinte, igualmente do estudo citado, onde se pode perceber que para atingir o défice estrutural de 0,5%, que resulta dos tratados, em 2019 (isto é quando António Costa passar a pasta ao seu alter ego ou a outra qualquer triste criatura que lhe suceda) é indispensável aplicar medidas de consolidação orçamental de 4 mil milhões de euros.


Lá se vai o trilema de Costa.

Sem comentários: