Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/09/2014

TIROU-ME AS PALAVRAS DA BOCA: Valerá a pena escolher um entre dois maus no género mau?

«Ver dois socialistas a discutir a realidade é como ver dois ceguinhos a falar de cinema. Falam sobre tudo, menos sobre o filme. Passados todos estes anos, o PS continua a recusar olhar para a realidade, para os factos, para os problemas. Sim, as diferenças de opinião devem existir entre a esquerda e a direita. Mas essas diferenças estão a jusante. A montante, é preciso reconhecer um ponto de partida empírico e comum a todos. O problema do PS - como ficou bem patente neste debate - é que ainda nem sequer chegou à fase do reconhecimento da realidade.»

Só posso concordar com o que escreveu aqui Henrique Raposo no seu blogue no Expresso. Se, como dizem os adeptos de Costa e alguma direita pedante, o importante é a personalidade dos candidatos, já que os futuros putativos primeiros-ministros serão todos mais ou menos socialistas, talvez acrescentasse: entre os dois Antónios, um Seguro, calimero auto vitimizado levado ao colo pelo aparelho socialista, e um Costa de discurso redondo, com falta de coragem nos momentos decisivos, levado ao colo pela bem-pensância e carregado de hipotecas ao socratismo, ao soarismo e outros ismos, ambos maus no género mau, escolheria um Pedro que já mostrou ser aceitável no género mau ou uma Maria Luís talvez boa no género mau.

Sem comentários: