Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

19/07/2015

O IMPERTINÊNCIAS FEITO PELOS SEUS DETRACTORES: Ascensão e queda da Krugmania

Krugman e o seu gato (não é o gato de Cheshire)
Que a produção militante de Paul Krugman (a produção teórica desde há muito se extinguiu) não é particularmente apreciada aqui em casa não é novidade para qualquer leitor regular do (Im)pertinências. Para confirmar basta procurar passar os olhos pelos posts que mencionam a criatura, por exemplo este ou este.

Por isso, quando o meu amigo AB me chamou a atenção para o post «The Rise and Fall of Krugmania in the UK» de Niall Fergunson, publicado no HUFF POST BUSINESS, li-o com curiosidade porque se centra numa questão que nunca focámos por aqui: ao contrário do que levam a crer os tambores keynesianos que rufam entre nós, as medidas de política anticrise recomendadas por Krugman não têm sido adoptadas, com uma única excepção.

Vale a pena ler as 4 páginas do post. Como teaser aqui ficam os últimos parágrafos:

«Happy the economist whose policy prescriptions are so reckless that no one ever puts them to the test.

Except that one country, just lately, has been putting a Krugman recommendation to the test. That country has defied the "austerians." It has thumbed its nose at the fountainheads of economic orthodoxy. It has dared to play chicken with the confidence fairy. It has even told the Germans where to get off. And it has done this on the basis of Paul Krugman's advice, spelt out when he visited the nation's capital, at the government's invitation, in April.

That country is Greece.»

ACTUALIZAÇÃO:
Entretanto, o próprio Krugman renegou os seus alunos de Atenas que baquearam às condições da troika para não ficarem entregues a si próprios. «Talvez tenha sobrestimado a competência do Governo grego», disse.

Sem comentários: