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12/01/2016

SERVIÇO PÚBLICO: Ventoinhas que sopram o défice tarifário

The windmills of your mind
«O capitalismo de compadrio entre o lóbi eólico e os posteriores governos veio, ao abrigo desse regime e com preços elevadíssimos, criar o monstro elétrico. Portugal é o quinto país do mundo em potência eólica instalada por habitante!

Manuel Pinho também se gabava de termos a maior fotovoltaica do mundo (com painéis chineses importados)! Publiquei então nesta coluna "O Escaldão Solar". Tal constitui um ótimo exemplo da nossa precipitação em investir precocemente em tecnologias ainda não maduras, com efeitos negativos na competitividade e sem qualquer vantagem para a nossa economia! Os países inteligentes, na nossa situação, esperariam pela maturidade da tecnologia para começar a investir.

Acontece que a fotovoltaica teve posteriormente descidas de custos e já será interessante para o autoconsumo em produção descentralizada.

Mas à boleia disso e depois desses elevados excessos de potência renovável intermitente, anunciam-se agora grandiosos investimentos em fotovoltaicas no Alentejo.

O argumento destes promotores é de que essa energia será exportada para a Alemanha que bem precisa dela para substituir a energia nuclear, mas isso vai depender do reforço das interligações europeias para a levarmos até lá. Tal vai levar algum tempo e não deverão obviamente ser os nossos consumidores a pagar isso. Tais projetos, se avançarem já, só conseguirão ter financiamento bancário ao abrigo da venda garantida da produção no regime da PRE ( Produção em Regime Especial), ou seja os nossos consumidores a pagar uma energia que não necessitam...

Com mais renovável intermitente no regime da PRE, a dívida tarifária (soma dos défices anuais) irá explodir. Basta saber ler os relatórios da ERSE para compreender a bomba-relógio que virá aí...
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Excerto de «As quintas solares» artigo no Expresso de Luís Mira Amaral

3 comentários:

Anónimo disse...

Lembraram-me o Patilhas e Ventoínha, personagens dos excelentes Parodiantes de Lisboa. A sua emissão às 2as-feiras "parava" o país. Todo o trabalho desta equipa tem grande valor pois era feito numa época em que havia censura oficial. Agora há censura miliciana, disfarçada, por omissão. Diagnóstico: sem pomodoros.

O que talvez não se saiba é que um dos grandes esteios na feitura de charges, um dos grandes obreiros dos Parodiantes, teve um filho a que deu o nome eduardo, de fama óptima pelo modo como acredita na justiça: cagando-se nela.

Anónimo disse...

Como tem sido seu hábito desde o século XIV, castela há-de impedir, ou linchar, qualquer tentativa de exportação para a Óropa; é só ver o que fazem aos nossos TIR quando eles estão em greve.
Desde o século XIV os nossos governantes perceberam que os castelhanos nunca os deixariam comerciar para além do pirinéus. Daí a decisão de ir para o mar. Benditos castelhanos.
Mas como não há bem que sempre dure, D. Manuel I (o estúpido, não o venturoso) encarregou-se de prejudicar o futuro.

Unknown disse...

Neste campo vale a pena fazer um exercico de pesquisa e comparação . aconselhado pelo candidato Paulo Morais e descobrir a corrupção latente, para bem nítida, na legislação a A.Republica.
Comparar com os resultados - energia mais cara que na UE e defice tarifario para pagar, percebemos como trabalham os tasi gabinetes de consultadoria e deputados a fazerem lobi vergonhoso.
Aproveitei a legislação para montar um painel solar com "ajuda" do estado. Como não fizeram as inspecções de contrato fui investigar: a Norquente recusou-se a vir e fui ver nas letrinhas pequenas se a mais alguem podia recorrer : apareceu-me uma empres YUNIT que era a central que pertencia ao Espirito Santo; daí que o preço pago pelo estado fosse muito superior a media sem apoio, que encontrava no mercado; para mim ficou directamente quase ela por ela; o resto do preço paguei nos impostos para o bolso dos crapulas.