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26/04/2016

CAMINHO PARA A INSOLVÊNCIA: De como o melhor que pode acontecer ao paraíso prometido aos gregos pelo Syriza é ser um purgatório (LI) A visita de estudo de Costa

Outros purgatórios a caminho dos infernos.

Tradução do pensamento do Alexis: Porquê me fará este gajo lembrar o Papandreou?
O que de mais notável aconteceu recentemente a Tsipras e ao Syriza? Quem lesse os mídia portugueses suporia que o acontecimento de maior relevo teria sido a visita de Costa, culminada com a assinatura conjunta de uma declaração contra a austeridade. Que o evento tenha sido completamente ignorado pela imprensa grega e pela imprensa internacional não lhe tira a importância nenhuma porque, como se sabe, a coisa se circunscrevia às negociatas entre o PS e o BE para insuflar oxigénio na geringonça.

Além da visita de Costa, Tsipras e o Syriza têm recebido inúmeras visitas das instituições anteriormente conhecidas como troika (*) para negociar o terceiro resgate que inclui um pacote de medidas adicionais (onde é que já ouvimos falar disto?) de 2 mil milhões de euros que se destina a ser automaticamente aplicado se o pacote previsto de 3% do PIB se revelar insuficiente (como costuma).

Tsipras e o Syriza também têm recebido inúmeras visitas de chineses, desde o primeiro-ministro Li Kegiang a delegações do China Ocean Shipping Group que pagou 368 milhões de euros pela concessão do porto do Pireu através do qual a China conta exportar os seus produtos para a Europa e Médio-Oriente, produtos a que se juntarão os excessos de produção de aço, carvão e cimento.

Sabendo-se disso, a visita de Costa ganha sentido e percebe-se que pode ter sido uma espécie de visita de estudo e mostra a visão estratégica de Grande Líder Costa quando logo após as eleições gregas disse: «Vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha».

(*) Homenagem a Prince

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