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15/04/2016

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (134) – Os socialistas convivem bem com a imprensa amiga e convivem mal com a liberdade de imprensa (II)

Lembram-se do episódio célebre de António Guterres, o picareta falante n.º 1, que questionado sobre quanto seria o PIB meteu os pés pelas mãos e acabou a dizer «é só fazer as contas…»? Não se lembram? Pouco importa. Afinal o episódio já tem mais de 20 anos e foi aqui recordado por Ricardo Costa em Setembro do ano passado, a propósito da campanha para as Legislativas.

Cheguei a esse artigo de RC – o meio-irmão do outro Costa, de quem o Impertinente já louvou várias vezes a independência - via uma referência de há dias do próprio, onde relata com uma inocência cheia de significado, como se falasse da coisa mais natural da vida (e é a coisa mais natural da vida para a esquerdalhada), a interferência da clique socialista na edição de notícias das televisões:
«Naquela tarde tinha havido alguns telefonemas para a SIC a tentarem enquadrar a gaffe. Jorge Coelho, Pina Moura, entre outros, tentaram a sua sorte. Nada feito na SIC, aquilo era demasiado bom para que perdêssemos um segundo sequer a ponderar não a emitir. Mal sabíamos que, enquanto vínhamos para Lisboa, Guterres tinha conversado com os jornalistas que estavam na caravana e os tinha convencido a não emitir nada…»
Este é um exemplo do soft power socialista sobre os mídia, a mão mole socialista, que completa o hard power, a mão dura socialista, exemplificada pelos telefonemas intimidatórios aos jornalistas, pelas interferências descaradas, pelas nomeações de jornalistas amigos e, no, limite pelas tentativas de comprar a TVI durante o consolado socrático. A meio caminho encontramos o SMS de Costa.

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