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06/10/2016

A maldição da tabuada (37) - Não saber a tabuada nunca foi uma desculpa para errar as contas (VI)

Episódios anteriores (I), (II), (III), (IV) e (V)

Parece-me difícil que algum dos cinco zingarelhos que até hoje passaram por esta série de posts habilitasse o Doutor Centeno a explicar como um défice previsto de 2,5% do PIB este ano consegue em apenas 9 meses desde Novembro de 2015 aumentar a dívida pública em 11,7 mil milhões (6,5% do PIB) de 231,6 para 243,3 mil milhões em Agosto.



Com uma diferença tão dilatada só se o Doutor Centeno usasse um analisador diferencial como o ilustrado, que teve a sua primeira versão em 1872. É certo que este zingarelho se destinava a calcular as marés e mais tarde foi usado para cálculo de artilharia naval, problemas bem mais simples do que o das finanças públicas domésticas, em todo o caso é a esperança que resta ao Doutor Centeno.

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