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16/12/2016

Curtas e grossas (42) - O azar e o providencialismo invertido

«Talvez as crianças, as mulheres e os homens de Aleppo tenham apenas tido azar: o azar de estarem a ser bombardeados pela ditadura de Assad com a ajuda da Rússia de Putin, em vez de serem atacados, por exemplo, por Israel com o apoio dos EUA. Se fosse este o caso, não faltariam moções, votos, marchas. Mas não se trata apenas daquela velha duplicidade de critério que, desta vez, até um autor do radicalismo reconheceu.

(...)

E numa espécie de providencialismo invertido, muitos ocidentais estiveram convencidos de que o célebre “imperialismo americano” era o único obstáculo à paz e à harmonia no planeta: sem os EUA, não haveria na terra nem ditaduras, nem guerras, nem, a acreditar no falecido Hugo Chávez, terramotos.»

«O mundo que está a nascer em Aleppo», Rui Ramos no Observador

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