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27/07/2017

Pro memoria (350) - O poder corrompe e a aparência dele amolece e desvenda a hipocrisia

«No Verão de 2015, ainda com Passos Coelho no Governo, o Bloco convocou uma conferência de imprensa para dizer que "a incompetência do Governo não pode encontrar justificação na meteorologia” e que “compete a um Estado competente colocar um dispositivo no terreno que permita contrariar os efeitos, tanto ao nível do ataque direto como da prevenção”. E agora?

Creio que o que dissemos na altura tem estado a par do que dizemos na actualidade. Agora, creio que nenhum de nós pode negar que estamos a assistir a algo que manifestamente não tem apanhado o país preparado. As alterações climáticas deixaram de ser matéria de disputa científica, o país está numa seca severa e claramente não temos um país devidamente estruturado para responder a estas circunstâncias. Se há responsabilidades de governos, há, de muitos governos. Infelizmente tínhamos alertado para a necessidade de preparar o país para as alterações climáticas, quer no que toca ao ordenamento quer à limitação de espécies, e de ter uma forma de pensar a Protecção Civil garantindo que isso representasse um aumento da capacidade no terreno. Mas percebemos que, anos depois, estes alertas não tiveram consequência. E que agora estamos a ser confrontados com uma realidade difícil.»

(Entrevista do Público a Pedro Filipe Soares, o líder parlamentar do BE) 

Com a proximidade ao poder e a ilusão do poder, o berloquismo perdeu a frescura, manteve a falta de maturidade e sucumbiu à hipocrisia e à língua de trapos do politiquês. Pior é difícil.

2 comentários:

Anónimo disse...

Nos registos da humanidade não há nada, mas mesmo nada, que sendo mau não possa piorar.
Mesmo que o agravamento seja resultasdo da acção de deficientes.

Unknown disse...

O esterco do bloco, ou o bloco do esterco.
À escolha.