Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

17/01/2013

SERVIÇO PÚBLICO: O princípio do princípio (14)

Continuação de (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12) e (13)]

Ontem o IGCP realizou três leilões de Bilhetes do Tesouro totalizando 2,5 mil milhões: 300 milhões a 3 meses, 1.200 milhões a 12 meses e outro de 1.000 milhões a 18 meses. As taxas implícitas para 18 meses desceram num mês quase 1% para 1,963% e as de 3 meses de 2% para 0,66% e a procura total foi quase 3 vezes o montante colocado.

É um bom sinal? Sem dúvida. Para avaliar a bondade do sinal seria preciso saber quem foram os participantes nos leilões porque é diferente serem os operadores «amigos» (BES, Caixa, BCP, etc.) ou Goldman Sachs, Deutsche, Morgan Stanley, etc.

Digo-o uma vez mais: os portugueses andam tão ocupados a queixar-se, indignar-se, revoltar-se e a tentar chutar para o lado e para a frente a factura da festa que acreditam menos nos resultados das políticas de consolidação do que os credores que arriscaram e arriscam o seu dinheiro torrado na festa. Isto é sobretudo importante se os operadores de mercado internacionais participaram significativamente nestes leilões.

Sem comentários: